segunda-feira, 12 de novembro de 2007

16 semanas

Calma, não estou grávida. Faz quatro meses da minha última postagem. Já é quase ano que vem e eu nunca mais escrevi nada, que vergonha.
Também, tenho trabalhado feito uma lhama em Machu Pichu levando turista pra tirar foto na porra do alto do morro. Sem chance.
Mas vou tentar ser mais disciplinada.
Muita coisa mudou na minha vida. Continua complicada, mas agora é menos complicada. Estou morando sozinha. Minha amiga se mudou pra Paris. Agora, mercado só de vez em quando, e tem que ser comprinha picada. Antes íamos no carro dela. Agora, vou à pé.
Mas ela que se mudou pra Paris e eu que estou fazendo como os europeus: aboli a "despensa" da minha casa. Europeu evita desperdício. Só compram o que realmente vão comer. É sério!
E sabe que estou gostando da brincadeira? Se volto do trabalho com vontade de comer uma massa, passo no mercado e compro uma latinha de molho, um atum (descobri um com molho teriaki, escândalo) e um pacotinho de macarrão. Óleo e azeite sempre tem. Pronto! Tá feito. O macarrão sempre sobra (claro que não vou comer um pacote inteiro), daí na próxima vez compro só o molho e o champignon, de repente.
Tá dando certo assim.
Novidade dois: estou namorando. Acho que por enquanto vou brincar de celebridade. Não falo da minha vida amorosa.. hahahahahaha
Me senti agora! De óculos escuros, a franja toda picotada, com uma bolsa dourado queimada, top branco de babado com uma faixa de cetim verde-limão amarrada debaixo do silicone, short de cetim (vou fingir que não tenho a anca maior que da Juliana Paes) e Melissinha de joaninha, entrando no Shopping Leblon.. Hahahahaha
Menos, Duda, menos.
Tem um primo meu morando comigo. De boa. Pra ele eu sou um cara, e pra mim ele é uma mina. Tomara que ele não seja gay.. hahahaha
Tô engraçadinha hoje. Comi bozitos, acho.
Meu primo é do bem. Alma linda. Meu apartamento novo tem um espaço legal, a gente tá se virando bem. Ontem ele transou com a namorada dele no quarto enquanto eu fazia trabalho da pós no computador, na sala. Só fiz ligar o fone de ouvido e baixar minhas músicas do meu repertório que só eu escuto. Acho que é meio impossível ter na mesma playlist de uma mesma pessoa músicas da Ivete com músicas do Edson e Hudson (adoro, mas não espalha) e com músicas do Micheal Bublé. Ah, ontem também baixei Dominó!
Hora de dar tchau. Muito tarde. Adorei passar por aqui.
Tentarei vir mais vezes.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

O Rio eh Pan

To no Rio. Cidade Maravilhooooooooooooooosa! Meu computador nao tem acento. Vai ficar tudo errado mesmo.
Cheguei semana passada e soh agora consegui uma pausa para escrever. Fui mandada para o Rio para trabalhar no Pan! Nao eh o maximo isso?! Tanta gente se matando pra estar aqui, pagando horrores de diaria de Hotel e gastando os tubos e eu do nada recebo um aviso da empresa que embarcaria em quatro dias para trabalhar no Escritorio de Apoio do Pan!
As impressoes de uma moradora de SP a respeito do Rio e, inicialmente: Estou em outro Pais.
1 - Carioca fala outro idioma
2 - Carioca da dois beijinhos pra cumprimentar
3 - Garcon nao eh 'moco', eh 'amigo'
4 - Camisa Social eh Blusa Social
5 - Aqui voce nao se maqueia, voce se pinta
6 - Na parte da manha, o transito na Orla segue em um unico sentido. Tem semaforo dos dois lados! Eu JAMAIS conseguiria me adaptar a isso
7 - Se parar o carro na rua tem que deixar 'solto'. Isso significa nao puxar o freio de mao, porque os flanelinhas vao empurrando seu carro pra fazer caber todos os outros da cidade.
8 - Aqui nao se pega onibus, pega-se conducao
9 - O tempo quando esta fechado nao fica feio, fica 'pantanoso'
10 - 'Caraca maluco' eh frase obrigatoria a cada 5 minutos de conversa
11 - 22ºC eh frio pra caralho
12 - Pra descer do onibus voce nao 'da o sinal', voce 'puxa a cigarra'.

Estou adorando tudo aqui. Mesmo gordinha fui muito paquerada. O melhor de tudo eh que ainda tenho 10 dias pela frente. E se o Cristo Redentor ajudar (e ele ajuda), vou ter muita historia pra contar!

terça-feira, 3 de julho de 2007

Cabrita no banheiro

Lá estava eu num restaurante modernérrimo com meu irmão, pra comer uma bobaginha e ver gente numa noite congelante que parecia fazer -8 graus. Cheguei ao estabelecimento e fui direto ao banheiro porque estava mimi (como diria minha amiga carioca, estava me mijando; abreviando, 'mimi'). Uma vez no banheiro, encontro Márcia Cabrita e uma amiga, esperando um dos boxes desocupar. Havia outro box com a porta entreaberta, então perguntei: Aquele ali está desocupado? A Cabrita respodeu: Então amiga, tem um cocô horrososo ali e eu não tive coragem de dar descarga.
Eu quase não controlei o riso, mas fiz a fina e fingi que o comentário era só engraçadinho, mas ela é toda cômica e só o jeito de falar 'amiga' já é engraçado. Daí ela completou: Você tem coragem de dar descarga no cocô alheio? Cocô alheio é muito estranho né.
A pessoa que ocupava o box saiu, a Cabrita entrou, fez xixi, saiu e eu entrei. Ela continuou no banheiro lavando a mão e conversando com a amiga. Sentei pra fazer meu xixi. Quando relaxei pra deixar todo aquele volume que estourava minha bexiga, um "surdinho" (olha que fofo o nome que achei pro pum) saiu mais do que barulhento e ecoou por todo o restaurante - e não só no banheiro - e eu me acabei numa gargalhada sem fim. Dios mio que lástima!!
Bom, fazer o quê né?! Já dizia minha vó que 'quem é furado não morre inchado'. Escapou, oras.
Cabrita: aquele pum não foi pra você, tá!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Burra e apaixonada

Nossa, não imaginava o quanto era difícil manter um blog atualizado. Senhor.
Ontem fiz minha última prova na faculdade, acho que vou ter mais tempo. A prova era de contabilidade; substitutiva. A burra aqui não conseguiu passar na primeira prova. Consegui fechar matemática com 9,5 mas não consegui passar em contabilidade. Mas também, minha vida inteira fiz aula particular de matemática. Da oitava série em diante uma amiga estudava comigo e me dava aulas particulares. A bicha fez alguma coisa que tudo ficou socado na minha cabeça, impressionante. Quando começaram as aulas, o professor perguntou quem sabia achar o Delta. O povo ficou em silêncio. E eu, toda tímida falei a fórmula. Babado, marola, babado!
Vou ter que sair para o supermercado com minha amiga que mora comigo.
Volto e continuo.
******
Voltei. Compras do mês. Minha amiga encontrou um bofe amiguinho dela no supermercado. O cara não tirava o olho de mim. Fiquei toda toda. Gostei de ser observada.
Não tenho muitas condições de escrever pois compramos um vinho e bebemos a garrafa toda! Tô levinha...
Mas não posso deixar de escrever o que levou o título a essa postagem: Apaixonada.
Final de semestre na faculdade, semana de provas, todo mundo se uniu para estudar, passar cola, etc. Eu sempre observei um fofinho que sentava lá na frente (eu sou da turma do fundão), sempre quietinho, chegava em cima da hora, prestava atenção às aulas, não se introsava durante os intervalos. Ontem, prova substitutiva de contabilidade. A sala quase vazia; ele sozinho lá na frente. Eu já havia comentado com outra amiga que o achara uma delicinha. Ela o chamou para estudar conosco um pouco antes da prova. Ele estava completamente perdido. Perdida fiquei eu, lesada, com sorriso fácil, aquele bofinho quietinho, discreto, silencioso, sentado ao meu lado. Fiquei nervosa que nem conseguia explicar o pouco que eu sabia da matéria. Ele prestava atenção em cada palavra que eu dizia. Toquei na perna dele. Ele deixou. Não conseguíamos encontrar uma fórmula. Pedi um minuto e saí da sala. Fui à biblioteca e em menos de dois minutos estava de volta à sala com todo o acervo de livros de contabilidade para encontrar o que ele precisava. Precisava ver a reação dele: "Olha só, que rápida". Fiquei toda molhada. Primeira investida bem sucedida. Não conseguia encontrar a porra da fórmula. O convidei para descer comigo, fomos ao laboratório de informática. Abri umas doze janelas de pesquisa, mandei mensagem para um amigo contador e e-mail para outro. Achei. Expliquei. Ele ficou feliz. Entendeu. Voltamos para a sala e ficamos conversando sobre outras coisas. Perguntou sobre o meu trabalho, o que eu fazia, etc. Falou que era bem quietinho (vai olhando), que não era de muita balada (adoro homem caseiro) e que tinha se mudado para morar sozinho a fim de ficar mais próximo do trabalho. Perguntei se ele sabia onde ficava a minha empresa. NÃAAAAO. Ele é tão fofinho e quietinho que não sabe onde fica a Alameda Jaú!!!!! Aiiiiiii, que fofooooooooooo.
Já fiquei louca pra colocar ele no colo, falar que vou apresentar a cidade pra ele, mostrar onde começa e termina os Jardins, qual é a Avenida Paulista e onde fica o prédio do Banespa. Estou apaixonada. Já falei que vou levá-lo para um happy hour qualquer dia desses. Trocamos e-mails. Ele mandou uma mensagem hoje de manhã. Já estou toda empolgada. Apaixonada. Burra, não. Só um pouco descontrolada.
Agora tô demi-bêbada. Vou dormir. Espero que o despertador soe alto o suficiente para tirar Morfeu da minha cama e não me deixar perder a hora.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Enfin... (tá escrito com 'n' porque tá em Francês)

Ai, vida.. não pense que o motivo de tanto tempo sem escrever é falta de acontecimentos não.. agora só preciso me organizar pra botar tudo aqui sem usar todos os megabytes disponíveis em toda www. Você sabe o que significa 'www'? World Wide Web. Tradução: seria algo como rede mundial ampliada. Achei um máximo quando aprendi isso. Até então me perguntava por quê 'www', e não 'kkk'. Enfin...
Gripada. Congestionada. Sei o motivo: balada demais. Sábado: cerveja com amigas na praça, cigarro. Depois, já à noite, Festa Junina. Ainda bem que não era tradicional, ODEIO quadrilha. Quentão, adoro. Vinho quente, me acabo. E acaba também com meu fígado. Mas ele agüenta. - Alguém pode me dizer se o trema já foi abolido da Língua Portuguesa? Obrigado. - Meia noite. Chega de dançar forró. Voltei pra casa, ainda bem que de carona. Tomei banho. A irmã da minha amiga que mora comigo chegou dos EUA. Fui levá-la para a balada, porque minha amiga deu uma de fresca e falou que precisava descansar. Ela foi é dar pro namorado, isso sim. Lá vou eu; peguei o carro da minha amiga e me joguei com a irmã dela, que é uma querida. Baladinha: música eletrônica. Um representante de cada etnia, orientação sexual, religião, grupo de vício, e por aí vai. Não tinha nome na lista, pagaria mais caro. 'Dei o truque' como dizem minhas amigas bibuscas. Espichei o olho na listagem do mocinho da portaria, fiz cara de sensual e falei, Duda, na certeza que encontraria uma Maria Eduarda na lista. E não é que tinha?! Suerte. Chocada com o lugar, tentei fazer minha nova amiga ficar à vontade. Meio difícil viu. O lugar - apesar de ser um dos mais recomendados da cidade - é pequeno, tem milhões de luzes piscando ao mesmo tempo, cheira a gelo seco, é estreito e a música é absurdamente alta. Tem duas pistas; na de cima, música eletrônica; na de baixo, música eletrônica! Não é fantástico isso? Adoro ter opções. Tentamos aproveitar, mas tava difícil. Enfin...
Balanço do sábado: 12 horas de esbórnia.
Domingo. Dor de cabeça, mal estar, fome, dor de estômago, rinite, garganta doendo - parecia que tinha uma meia na minha língua - e ouvido querendo ficar surdo. Cama o dia todo. Só levantava pra fazer xixi e beliscar alguma coisa. Almocei, cama. Acordei já no final do dia, arrasada porque não tinha conseguido seguir minha rotina dominical. Não li meu jornal, nem minha revista e tampouco arrumei meu quarto. Inferno. Decidimos ir para outra balada, essa mais light e com músicas dançáveis. Nos divertimos. Mas fiquei mais arrasada ainda. Não quis nem saber, me joguei. Cheguei tomando caipirinha. Adorei. Fui muito paquerada, mas não rolou nada. Voltamos pra casa com a sensação de que o final de semana valeu a pena, não fosse pela mega cagada na volta pra casa: todo mundo com fome; McDonald's. Caralho, 2.900 calorias às duas da madrugada. Super bom isso. Enfin...
Agora tô tomando caldo de feijão, que é uma história à parte.. ai Senhor... jajá volto pra escrever do feijão...

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Insônia

Ai, ai.. terceira noite consecutiva.. a primeira; às 4. A segunda e a terceira; às 3 da madrugada. Acordo elétrica, jogo todos os meus 3 edredons no chão e não consigo voltar a dormir. E o pior: acabo comenendo doce!
Acho que é por causa do cigarro viu... acordo com uma tosse incontrolável, e pela manhã acordo com falta de ar.
Essa insônia não é normal. Há anos que não tenho crises de insônia. Não quero tomar Prozac de novo...
Arrasada... dilacerada.. e com a garganta doendo.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Vai ficar óooootimo!*

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu nem tenho namorado. Ok.
Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso (e bota por trás nisso) havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13hs?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca, olhando pro teto com cara de caneca.
INSERT: Cara de caneca é aquela cara parecida com a cara de paisagem, mas você tem que encarar a pessoa com a cara de caneca. Sabe quando alguém te dá uma caneca? Daí você só fala: Ah, que legal. Fecha o semblante e tenta um sorriso amarillo.
Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura.Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi naturalidade e que sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- É... é, isso. Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro. Filha duma puta, me chamou de Zira, do Planeta dos Macacos. Cabeluda é a axila da sua vó, ô palhaça.
Fiquei tensa. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim? - Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né? Ela riu.
Que situação. E então, Pê (íntima) passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor. Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação. Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo."Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada. Estava enganada.
Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada. Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda. Tive vontade de chorar.
Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê, meu íntimo Olho de Tandera. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:- Tudo bem, Pê?- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente. Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor. Foram dois segundos de choque extremo. "Baixa a calcinha", como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Convença seu namorado que xana peluda é tudo. Adote apenas a idéia da maquininha, pra evitar constrangimentos com a boca do seu amado...
Agora me vou, lisa, só com um retangulozinho cobrindo minhas vergonhas...

*Autor desconhecido. Adaptado por mim, achei a minha cara e inclusive a pessoa que escreveu deve ter morado dentro da minha alma por algumas horas.

sábado, 2 de junho de 2007

Putz, faz tempo

Ai, que vida agitada.. completamente sem tempo pra escrever coisas aqui.. e olha que tem acontecimento pra ser transcrevido hein.. preciso ir anotando em pedacinhos de papel.. o duro vai ser juntar tudo na ordem certa.. vou acabar contando acontecimentos de um bofe e colocar o nome do outro, característica do garçom do barzinho e ligar para o paquera de alguma amiga minha.. melhor me organizar..
Continua fazendo frio. Alguém precisa inventar cachecol pra mamilo. Como dói quando o tempo está gelado assim. Só usando sutiã de malha mesmo viu...

segunda-feira, 21 de maio de 2007

A ligação

Meu celular tocou. Número privado. Quem será?
"Duda, é o Lu." Eu, sempre desligada: Luís?
"Não (risos) é o Lucas". Fiquei roxa na hora!
Eu: Oi Lucas, tudo bem?!
Lucas: Tudo ótimo! Achou que eu ia esquecer? Feliz aniversário! Onde vai ser a festa?
Fiquei toda arregalada. Já fui soltando o cabelo...
Eu: Ah, não vou fazer festa não.. meio de semana é complicado né... uns amigos disseram que vão passar aqui, tô esperando.
Lucas: Com certeza eles vão sim, você é uma pessoa muito querida.
Eu: Poxa, se quiser dá um pulo aqui também.
Lucas: Humm.. hoje não vai dar...
Fiquei A-R-R-A-S-A-D-A. Tava doida pra desabrochar a corujinha para ele hoje. Simplesmente o homem mais sedutor que eu já conheci em toda minha vida.
Lucas: Eu tô te ligando de Milão, vim para uma feira de arquitetura e quis te ligar pra não passar em branco. Bom, agora preciso ir. Quando chegar aí combinamos um café, pode ser?
Eu, quase muda: Hum-hum. Obrigado por ter ligado. Boa viagem.
Homens com ""L". Ô, sina.

Doze

Foram os telefonemas até agora. Saldo bom! Amigos queridos ligaram para desejar felicidades e tudo o mais.

A praga do chuchu

Alguém já cozinhou chuchu na vida? Estou traumatizada. Cheguei em casa mais cedo hoje; com a pata "danificada", não fui para a faculdade. E ainda mais porque era meu aniversário, ficaria arrasada de não receber nenhum "Feliz Aniversário" por mais falso que fosse na faculdade. Entrei faz um semestre e não tenho Orkut; ninguém saberia que hoje é meu aniversário. Fui inventar alguma coisa pra comer, lembrei do alface que comprei há dois finais de semana (um dos maços estava ótemo, o outro, morto.. os de alface roxa, pretos) e da carne moída light (ela só tem 5% de gordura) com quiabo que preparei ontem à noite. Mas só isso? Poxa, regime é cruel viu... Quase tentada a pedir um China in Box, lembrei que tinha chuchu pra caralho na geladeira. No mesmo final de semana do alface, estava eu na feira (ficava na puta que pariu, mas era barata pra cacete) perambulando com uma sacolinha toda charmosa, uma amiga e a mãe dela. Quase dentro do meu ouvido escuto: "Ó o chuchu, só cinquenta centavos".. Até pensei, nossa, que caro, cada chuchu por R$0,50?!? Que nada. Eram sete (7) chuchus por R$0,50. Não pensei duas vezes; soquei a mão no bolso da saia e paguei com cinco moedinhas de 10 centavos! Nunca havia preparado chuchu. Resolvi fazer de duas formas. Comecei a descascar com a faca grande. Não rolou. Peguei a pequenininha, foi tudo! Descobri que chuchu tem umbigo. E que a casca é dura. E que de repente ele começa a soltar uma baba na mão. Já comecei a torcer o bico para o chuchu. E tira a casca, e pica, e joga na água. Porra, como demora pra descascar chuchu! Coloquei quatro na panela grande, que já estava cheia de água. Misturei uma colherzinha de sal e liguei a boca do fogão. Sobraram três. Maratona parte dois: tira a casca, pica, joga na panela. Dessa vez fui inteligente. Botei azeite na panela. Dissolvi um envelopinho de caldo de legumes e joguei na panelinha pra ajudar o bichinho a cozinhar. Pronto, não demorou muito e esse da panelinha tava pronto antes do da panela com água. De repente comecei a sentir minha mão seca, meio que suja. Lavei. De frente para o fogão, mexendo a outra panela, senti a mão preguenta de novo. Porra, tava toda babada por causa do chuchu. Antes fosse só a baba melada.. nãaaaaooooo! A baba já tinha secadoooooooo! Esfreguei com a buchinha da pia e detergente; nada. lavei só com água; nada. Passei o pano de prato; nada. Já exausta da batalha contra a baba seca do chuchu, fui jantar. Jantar dos deuses. Chuchu, alface mimosa com azeite argentino de acidez máxima 0,5%; carne moída light com quiabo e.. adinvinha?!?! Chuchu! Se não fosse pela minha mão "ransosa" estaria mais feliz. Jantei assistindo novela das sete. Já não vejo mais tanta graça.
Meu pé tá doendo menos, tô relaxada.. resolvo olhar pra minha mão. É o começo do fim. Minha mão tá TODA descamada. Será que eu tenho alergia à chuchu? Tá uma beleza, tô parecendo uma Iguana albina sobrevivente a uma caldeirada de chuchu. É impressionante, a baba seca do chuchu criou uma segunda pele na minha mão. Fico esticando e fechando a mão e tá fazendo um craquelê nada decorativo! Lembra quando pequeno a gente passava cola líquida na mão, esperava secar mais ou menos e ficava batendo com o dedo da outra mão pra levantar uns fiozinhos? Tá igual! Mas não tem graça. E se isso não sair? E se eu tiver que ferver minha mão pra porra da baba poder sair? Tô perdida. Vou checar meu e-mail e ver quem lembrou do meu aniversário. Recebi flores. Crisântemos. Era velório ou aniversário? Não entendi bem. Foi do pessoal do escritório. Será que tem mensagem subliminar nas flores? Acho que eles querem ver meu osso. Chocada.

domingo, 20 de maio de 2007

Tô gorda

Fiz uma sopinha de pacotinho. Duas; 56kcal cada. Coloquei um pouquinho de carne moída, pra dar uma encorpada. Tô me sentindo gorda.

Pomba lazarenta

Final de semana perfeito. A festinha de aniversário foi bem legal. Eu conhecia somente a aniversariante e um casal de amigos gays. Tava tudo tranquilinho, um sanduíche de metro pairava sobre a mesa de jantar esperando ser atacado. Além do sanduíche, croquete e empadinha de frango. Pra variar, eu de dieta. Olhava para aqueles salgadinhos com raiva, tentando controlar minha mente para não sentir-me tentada a atacá-los e deliciar-me com aquela gordura saudável da farinha branca que grudaria no meu estômago e em menos de uma hora aumentaria meu peso em 5kg... Resisti. Nem tanto. Tomei vinho. Comi um pedacinho do sanduíche de metro e depois me convenci que não tinha comido praticamente nada o dia todo pra poder “beliscar” alguma coisa na festinha. Ainda bem que fui comedida e não exagerei. Balanço da noite: dois croquetes, duas empadinhas, 6cm do pão de metro. Tô bem.
Ontem senti que meu pé estava doendo um pouquinho. Passei a semana malhando pesado pra reduzir uns dígitos na balança, o que me rendeu uma bolha no dedinho do pé esquerdo. Que sorte. Tive que pegar leve na malhação e só fiz localizada, pra não forçar o pé. Na sexta à noite saí com uma amiga na missão de salvá-la de um amigo Inglês, que de acordo com a capacidade de premonição dela, ele tinha segundas intenções. Eu duvido. Pra mim, o cara é gay. Fomos para um barzinho encontrar com duas primas dela e a tia, e foi chegando um monte de gente. Caí na cerveja. Fiquei altinha. Tinha música ao vivo, um pobre coitado cabeludo – exemplo perfeito da espécie ‘ananaíra do cerrado’ – começou a tocar forró. Eu, com fogo na periquita logo levantei e fui achar parceiros para sacudir o esqueleto (no meu caso, o esqueleto está bem escondido por uma espessa camada de gordura. Prevalece a força da expressão). Lá vou eu dançar. Uma, duas, três músicas. Voltei pra cerveja. Dormi na casa da minha amiga, e quando chegamos famigeradas, atacamos uma cestinha de bolinhos de espinafre. Cama. Depois de dormir só 5 horas, acordei com uma dorzinha no pé. Passei um anti-inflamatório e fomos ao supermercado. Fizemos compras e ela me deixou em casa. O pé doía. Almocei e fui tirar um cochilo – lembra quando a puta me ligou por engano e me acordou? – e meu pé continuou doendo. Resumo: quando voltei da festinha de aniversário, o pé doía para caralho. Hoje acordei manca, praticamente aleijada. Mal conseguia apoiar o pé no chão. Moro com uma amiga e esperei ela acordar para me levar ao Hospital. Nada dela acordar, eu só escutava o nheco-nheco da cama – o namorado dela veio passar o final de semana em casa – mas relaxei. Voltei pra cama. Acordei de novo. Nem sentia mais o pé. Tomamos banho e fomos almoçar num restaurante natural. Me acabei de comer broto de alfafa. Achei um máximo terem feito doce de abóbora com adoçante! Cada ida ao buffet levava 40minutos. Eu parecia uma pata menstruada – por sinal, não desceu – mancando com o prato na mão, na mais bela interpretação do estilo "tá fundo, tá raso". Depois do almoço ela me deixou no Hospital. 40 minutos de espera. Médico meio grosso; afinal, domingo, plantão... Raio-X. Estagiária sendo orientada pelo Radiologista. Tenho paciência. Fiquei babando por um pai que tinha levado o neném para tirar um Raio-X do nariz. O baby caíra com o rostinho no chão. De repente chega a esposa do mais lindo homem de toda aquela sala de espera. Daí a minha cara caiu no chão. Lindo. Lindo. Lindo. A esposa: grávida do segundo filho. Tem amapoa que tem sorte mesmo viu. Peguei a “chapa”. Voltei pro médico. Não tem fratura. Não tem nada. Mas eu to com dor, caralho. Ok, a senhora tem uma calcificação no tendão e está inflamado, provavelmente pelo excesso de atividade física. Vai tomar uma injeção. Perguntei: na bunda? O enfermeiro educadíssimo respondeu: "Sim senhora, na nádega." Balanço da tarde no Hospital: cinco dias de molho. Coincidência? Eram os cinco dias que eu tinha pra perder todo o peso que insiste em habitar meu corpo, e que tem que sumir até sábado. Eu PRE-CI-SO entrar no meu vestido vermelho que comprei na Espanha a qualquer custo. Imagina ficar com as costas de fora e minha banha pulando pra fora do decote?
Estou eu na farmácia; o farmacêutico ficou puxando papo. Depois de ter comprado o remédio que vou tomar a semana toda, fui pra rua esperar minha amiga me buscar. Comçou a fazer frio. Vento frio. Eu esperando, só de camiseta. Claro que tava de calça, só quis dizer que estava sem nenhum casaquinho ao menos. Tô eu lá encostada no poste com a radiografia numa mão, o celular na outra e a sacolinha de remédios (sempre faço "compra do mês" em farmácia, não resisto); passa um carro: gostosaaaa. Ah, vai se fuder, moleque.. eu aqui cheia de dor, morrendo de frio, com o bico do peito duro por causa do vento gelado maldito. Logo depois achei um máximo ter sido chamada de gostosa, mesmo toda desgrenhada encostada num poste depois de passar horas no PS. Eu falo que geminiana é um problema...
Minha amiga não chegava. Comecei a observar duas pombinhas que descobriram comida no chão. Um "Ogro" acabara de deixar cair uma batata tipo chips no chão (porco) e saiu andando. As pombinhas - uma esguia e a outra repolhuda - começaram a bicar a batata. Fiquei revoltada. Por quê as Pombas podem se acabar de comer batata chips e eu não posso? E a maldita da pomba preta era magra! A outra cinza, a mais gordinha, insistiu num pedaço IMENSO de batata que a outra largou pra trás. Pensei comigo: lógico, né, a mais gorda.. vai insistir até comer TODA a batata. Teve uma hora que a batata intalou no bico da bicha, mas ela persistiu até quebrar em minúsculos pedaços e comer. Lazarenta. Odeio pombas.
Agora estou em casa, medicada, curativo na bunda, frio siberiano. Nada pra fazer. Nem pude me jogar na aula de gafieira que estava programada. Tudo bem. Essa semana vou comer menos ainda, já que não poderei fazer atividade física. Arrasada. Tenho que entrar no vestido.

Preciso de doce

Cochilei. Uma filha da puta ligou por engano no meu telefone: "Oi, chama a Érica?" Que ódio. Esse telefone não é da Érica, minha senhora. Desliguei o telefone. Levantei da cama morrendo de raiva e vontade de comer chocolate. Perdi o sono, mas era melhor levantar mesmo porque tenho um aniversário pra ir. Pra driblar a vontade de comer doce, cortei uma melancia e a comi inteira em frente a televisão, enrolada no edredon. Faz um frio glacial hoje. Nem sutiã consigo usar de tão duro que tá o bico do meu peito. Acho que vou ficar menstruada. Não é à toa que ando odiando tudo nos últimos dias.

Primeiro

Oi! Eu sou a Duda. Duda de Duda mesmo, não é apelido de nenhum nome composto. Duda, simplesmente Duda. Acho que minha mãe queria economizar até no meu nome - aliás, minha mãe é super econômica. "Fica mais fácil pra falar", diz ela. Acredita que pra não pagar despesas de parto, maternidade, essas coisas; quando soube que estava grávida, entrou para uma seita que uma amiga dela fazia parte. É um povo meio doido, que faz ioga o dia inteiro, só come coisa integral, não comem nada que tenha "face", mas comem peixe... peixe não tem cara? Enfim... Ela entrou pra seita porque descobriu que lá eles faziam o tal do parto na água, e são as 'mentoras' do lugar que são as parteiras. Sem cobrar nada, porque tudo que precisam recebem dos espíritos. Ok. Tudo o que ela tinha que fazer era doações de comida integral, salada ou outras coisas naturais. Como uma tia tem chácara, plantava batata, cenoura e por aí vai; minha mãe passava uns finais de semana na chácara da tia Bina e voltava com o 'carnê pago' para entregar na seita na semana seguinte. Foi assim que eu nasci, patrocinada por muita batata e salsinha. Acredita que até deixar a axila peluda minha mãe deixou? Fala sério...Bom, pelo menos eu nasci sem maiores complicações. Meu pai conta que chorava no dia do meu parto; nem tanto pela emoção, mas porque ele não acreditava que minha mãe tinha feito tudo aquilo pra economizar com despesas de gravidez e parto. Acho que foi isso que o traumatizou e o fez largar da minha mãe pra ficar com um garoto que tem metade da idade dela. Ok, não precisa achar estranho. Meu pay (oops, empolguei.. acho que pode, neologismo é chique né), digo, meu pai assumiu-se gay logo depois que eu nasci. Gostei disso: pay. Hahahaha.. Todo pai que é gay deveria escrever 'pay'. Ótimo.Bom, essa sou eu: Geminiana com ascendente em Peixes, nascida no dia 22 de maio de algum ano não muito distante de 2007 (acho muito indelicado querer saber a idade de alguém), cabelos loiros (quer dizer, pelo menos agora estão loiros; cansei de ser ruiva depois de 4 meses que pintei o cabelo azul que me fez cansar rápido), não muito alta nem muito baixa, somente 2kg acima do peso, olhos expressivos e boca bem servida; orelhas não muito grandes e unhas sempre pintadas. A cor da moda agora é ameixa. Sou filha de uma mãe um pouco doida, que entrou pra uma seita que fazia parto de graça só pra não gastar com a gravidez e de um pay (já adotei) que assumiu-se gay logo depois que eu nasci.Me considero feliz. Tenho alguns amigos, trabalho muito - não é bem o que eu gosto, mas foi o que encontrei pra conseguir me sustentar - falo Inglês, Espanhol, Francês, Italiano e um pouquinho de Alemão, apesar de odiar. Gosto de beber vinho, cerveja clara e St. Remy (meu lado baixo), evito carboidratos mas me acabo de comer batata frita quando não estou de dieta - o que é bem raro. As pessoas me acham engraçada, mas às vezes me acham desligada demais. Por quê não nasci um dia antes pra ser Taurina hein? Culpa da 'mentora Xanandra Alamona', que fez meu parto. Ela disse que a lua havia se recolhido mais cedo e que era melhor esperar o dia seguinte para que eu nascesse abençoada por Mercúrio. Acho que ela queria ter uma filha geminiana e transferiu tudo isso pra mim. Deixa pra lá.Sou um pouco inconstante e um pouco confusa. Odeio cardápio extenso, nunca sei o que pedir. Não gosto de cinema com muitas salas, é óbvio que sempre escolho o filme errado. Adoro dormir. Acho que ficar de olho aberto é uma perda de tempo irrecuperável. Às vezes falo demais. E acabo de perceber que escrevo demais também. Vou parar. Acho que não vou conseguir. Ou talvez consiga, porque estou trabalhando minhas deficiências ultimamente. Já tô parando.Vou ouvir um pouco de música e ler algo pra ver se bato um cochilo. Acabei de almoçar proteína de soja com tomate (sem sal) e ovos mexidos (sem sal); preciso emagrecer pelo menos 4kg até o próximo sábado. Não sei o que será de mim. Eu não devia ter comido aquele bolinho de espinafre ontem de madrugada. Talvez eu vá correr no parque mesmo debaixo de chuva.