quinta-feira, 28 de junho de 2007

Burra e apaixonada

Nossa, não imaginava o quanto era difícil manter um blog atualizado. Senhor.
Ontem fiz minha última prova na faculdade, acho que vou ter mais tempo. A prova era de contabilidade; substitutiva. A burra aqui não conseguiu passar na primeira prova. Consegui fechar matemática com 9,5 mas não consegui passar em contabilidade. Mas também, minha vida inteira fiz aula particular de matemática. Da oitava série em diante uma amiga estudava comigo e me dava aulas particulares. A bicha fez alguma coisa que tudo ficou socado na minha cabeça, impressionante. Quando começaram as aulas, o professor perguntou quem sabia achar o Delta. O povo ficou em silêncio. E eu, toda tímida falei a fórmula. Babado, marola, babado!
Vou ter que sair para o supermercado com minha amiga que mora comigo.
Volto e continuo.
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Voltei. Compras do mês. Minha amiga encontrou um bofe amiguinho dela no supermercado. O cara não tirava o olho de mim. Fiquei toda toda. Gostei de ser observada.
Não tenho muitas condições de escrever pois compramos um vinho e bebemos a garrafa toda! Tô levinha...
Mas não posso deixar de escrever o que levou o título a essa postagem: Apaixonada.
Final de semestre na faculdade, semana de provas, todo mundo se uniu para estudar, passar cola, etc. Eu sempre observei um fofinho que sentava lá na frente (eu sou da turma do fundão), sempre quietinho, chegava em cima da hora, prestava atenção às aulas, não se introsava durante os intervalos. Ontem, prova substitutiva de contabilidade. A sala quase vazia; ele sozinho lá na frente. Eu já havia comentado com outra amiga que o achara uma delicinha. Ela o chamou para estudar conosco um pouco antes da prova. Ele estava completamente perdido. Perdida fiquei eu, lesada, com sorriso fácil, aquele bofinho quietinho, discreto, silencioso, sentado ao meu lado. Fiquei nervosa que nem conseguia explicar o pouco que eu sabia da matéria. Ele prestava atenção em cada palavra que eu dizia. Toquei na perna dele. Ele deixou. Não conseguíamos encontrar uma fórmula. Pedi um minuto e saí da sala. Fui à biblioteca e em menos de dois minutos estava de volta à sala com todo o acervo de livros de contabilidade para encontrar o que ele precisava. Precisava ver a reação dele: "Olha só, que rápida". Fiquei toda molhada. Primeira investida bem sucedida. Não conseguia encontrar a porra da fórmula. O convidei para descer comigo, fomos ao laboratório de informática. Abri umas doze janelas de pesquisa, mandei mensagem para um amigo contador e e-mail para outro. Achei. Expliquei. Ele ficou feliz. Entendeu. Voltamos para a sala e ficamos conversando sobre outras coisas. Perguntou sobre o meu trabalho, o que eu fazia, etc. Falou que era bem quietinho (vai olhando), que não era de muita balada (adoro homem caseiro) e que tinha se mudado para morar sozinho a fim de ficar mais próximo do trabalho. Perguntei se ele sabia onde ficava a minha empresa. NÃAAAAO. Ele é tão fofinho e quietinho que não sabe onde fica a Alameda Jaú!!!!! Aiiiiiii, que fofooooooooooo.
Já fiquei louca pra colocar ele no colo, falar que vou apresentar a cidade pra ele, mostrar onde começa e termina os Jardins, qual é a Avenida Paulista e onde fica o prédio do Banespa. Estou apaixonada. Já falei que vou levá-lo para um happy hour qualquer dia desses. Trocamos e-mails. Ele mandou uma mensagem hoje de manhã. Já estou toda empolgada. Apaixonada. Burra, não. Só um pouco descontrolada.
Agora tô demi-bêbada. Vou dormir. Espero que o despertador soe alto o suficiente para tirar Morfeu da minha cama e não me deixar perder a hora.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Enfin... (tá escrito com 'n' porque tá em Francês)

Ai, vida.. não pense que o motivo de tanto tempo sem escrever é falta de acontecimentos não.. agora só preciso me organizar pra botar tudo aqui sem usar todos os megabytes disponíveis em toda www. Você sabe o que significa 'www'? World Wide Web. Tradução: seria algo como rede mundial ampliada. Achei um máximo quando aprendi isso. Até então me perguntava por quê 'www', e não 'kkk'. Enfin...
Gripada. Congestionada. Sei o motivo: balada demais. Sábado: cerveja com amigas na praça, cigarro. Depois, já à noite, Festa Junina. Ainda bem que não era tradicional, ODEIO quadrilha. Quentão, adoro. Vinho quente, me acabo. E acaba também com meu fígado. Mas ele agüenta. - Alguém pode me dizer se o trema já foi abolido da Língua Portuguesa? Obrigado. - Meia noite. Chega de dançar forró. Voltei pra casa, ainda bem que de carona. Tomei banho. A irmã da minha amiga que mora comigo chegou dos EUA. Fui levá-la para a balada, porque minha amiga deu uma de fresca e falou que precisava descansar. Ela foi é dar pro namorado, isso sim. Lá vou eu; peguei o carro da minha amiga e me joguei com a irmã dela, que é uma querida. Baladinha: música eletrônica. Um representante de cada etnia, orientação sexual, religião, grupo de vício, e por aí vai. Não tinha nome na lista, pagaria mais caro. 'Dei o truque' como dizem minhas amigas bibuscas. Espichei o olho na listagem do mocinho da portaria, fiz cara de sensual e falei, Duda, na certeza que encontraria uma Maria Eduarda na lista. E não é que tinha?! Suerte. Chocada com o lugar, tentei fazer minha nova amiga ficar à vontade. Meio difícil viu. O lugar - apesar de ser um dos mais recomendados da cidade - é pequeno, tem milhões de luzes piscando ao mesmo tempo, cheira a gelo seco, é estreito e a música é absurdamente alta. Tem duas pistas; na de cima, música eletrônica; na de baixo, música eletrônica! Não é fantástico isso? Adoro ter opções. Tentamos aproveitar, mas tava difícil. Enfin...
Balanço do sábado: 12 horas de esbórnia.
Domingo. Dor de cabeça, mal estar, fome, dor de estômago, rinite, garganta doendo - parecia que tinha uma meia na minha língua - e ouvido querendo ficar surdo. Cama o dia todo. Só levantava pra fazer xixi e beliscar alguma coisa. Almocei, cama. Acordei já no final do dia, arrasada porque não tinha conseguido seguir minha rotina dominical. Não li meu jornal, nem minha revista e tampouco arrumei meu quarto. Inferno. Decidimos ir para outra balada, essa mais light e com músicas dançáveis. Nos divertimos. Mas fiquei mais arrasada ainda. Não quis nem saber, me joguei. Cheguei tomando caipirinha. Adorei. Fui muito paquerada, mas não rolou nada. Voltamos pra casa com a sensação de que o final de semana valeu a pena, não fosse pela mega cagada na volta pra casa: todo mundo com fome; McDonald's. Caralho, 2.900 calorias às duas da madrugada. Super bom isso. Enfin...
Agora tô tomando caldo de feijão, que é uma história à parte.. ai Senhor... jajá volto pra escrever do feijão...

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Insônia

Ai, ai.. terceira noite consecutiva.. a primeira; às 4. A segunda e a terceira; às 3 da madrugada. Acordo elétrica, jogo todos os meus 3 edredons no chão e não consigo voltar a dormir. E o pior: acabo comenendo doce!
Acho que é por causa do cigarro viu... acordo com uma tosse incontrolável, e pela manhã acordo com falta de ar.
Essa insônia não é normal. Há anos que não tenho crises de insônia. Não quero tomar Prozac de novo...
Arrasada... dilacerada.. e com a garganta doendo.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Vai ficar óooootimo!*

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu nem tenho namorado. Ok.
Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso (e bota por trás nisso) havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13hs?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca, olhando pro teto com cara de caneca.
INSERT: Cara de caneca é aquela cara parecida com a cara de paisagem, mas você tem que encarar a pessoa com a cara de caneca. Sabe quando alguém te dá uma caneca? Daí você só fala: Ah, que legal. Fecha o semblante e tenta um sorriso amarillo.
Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura.Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi naturalidade e que sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- É... é, isso. Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro. Filha duma puta, me chamou de Zira, do Planeta dos Macacos. Cabeluda é a axila da sua vó, ô palhaça.
Fiquei tensa. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim? - Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né? Ela riu.
Que situação. E então, Pê (íntima) passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor. Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação. Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo."Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada. Estava enganada.
Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada. Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda. Tive vontade de chorar.
Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê, meu íntimo Olho de Tandera. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:- Tudo bem, Pê?- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente. Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor. Foram dois segundos de choque extremo. "Baixa a calcinha", como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Convença seu namorado que xana peluda é tudo. Adote apenas a idéia da maquininha, pra evitar constrangimentos com a boca do seu amado...
Agora me vou, lisa, só com um retangulozinho cobrindo minhas vergonhas...

*Autor desconhecido. Adaptado por mim, achei a minha cara e inclusive a pessoa que escreveu deve ter morado dentro da minha alma por algumas horas.

sábado, 2 de junho de 2007

Putz, faz tempo

Ai, que vida agitada.. completamente sem tempo pra escrever coisas aqui.. e olha que tem acontecimento pra ser transcrevido hein.. preciso ir anotando em pedacinhos de papel.. o duro vai ser juntar tudo na ordem certa.. vou acabar contando acontecimentos de um bofe e colocar o nome do outro, característica do garçom do barzinho e ligar para o paquera de alguma amiga minha.. melhor me organizar..
Continua fazendo frio. Alguém precisa inventar cachecol pra mamilo. Como dói quando o tempo está gelado assim. Só usando sutiã de malha mesmo viu...